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quinta-feira, 1 de julho de 2010





Hoje eu li um texto que me fez ficar de queixo caido e pensei em como tudo aquilo era verdade e eu tive que vir escrever algo sobre.
Já parou para pensar em como todo mundo abre os braços e faz questão de cantar bem alto o quanto é livre 'eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também' com uma cerveja na mão, um beijo em um aqui e outro ali. Talvez até você já tenha passado por isso, assim como eu; ou melhor ainda, talvez não. Fazer questão de gritar bem alto que não precisa de ninguém, que é livre. Porque na maioria dos casos ninguém quer ser de alguém, mas todo mundo quer alguém que seja seu.
Mas após ter passado o efeito da bebida procuram um ombro amigo, um consultório, alguém que os escute reclamar; nada de telefonemas no dia seguinte, sair com uma pessoa a um mês e não saber se estão namorando, não se importar se a pessoa está ficando com outra, se entregar a pessoa sem saber se ela está inteira pra você também, etc..
São pessoas que tentam o tempo todo provar algo pra todo mundo, provar que são bons o bastante para seguirem sozinhos. Mas são pessoas que não conhecem o quanto é bom um filme embaixo das cobertas com chuva, o prazer de dormir junto abraçados, brincando com os pés, trocar cumplicidades, carinho e amor. É cuidar-se e cuidar do outro, é telefonar só pra desejar um bom dia e dizer o quanto se ama, é transar por amor, é um cinema de mãos dadas, um colo pra chorar, uma mão pra enxugar as lágrimas, é ter alguém para AMAR.
Somos livres para optarmos as pessoas que queremos do nosso lado.
Só espero que fique claro que ser livre não é beijar cada dia alguém diferente, não é 'não ser de ninguém', é ser corajoso, autêntico, se permitir viver um grande sentimento e não ter vergonha de demonstrar.